segunda-feira, novembro 16, 2009

O que fazer.

- Amo-te.

Dizem-te e tu dize-lo. E o que fazes com isso? O que fazes com o amor que tens, o amor que dás? O que fazes com o que sentes? De que te serve o peito cheio?

- Amo-te.

O que fazes quando não há quem to dê? O que fazes quando só tens para dar e não tens para receber? O que fazes quando tens um amor tão grande que és capaz de falar dele a completos desconhecidos sem o achar estranho? O que fazes quando te sentes capaz de partilhar uma vida, escolher uma sala de estar no IKEA. O que fazes com essa informação, tendo-a?

- Eu amo-te.

O que fazes quando não é suposto? O que fazes quando sabes que não podes amar essa pessoa? Quando sabes que mais ninguém compreenderá, quando sabes que mais ninguém te vai apoiar e dizer que lutes pelo amor que tens para dar, porque é um amor que não pode ser recebido?

- Eu Amo-te.

Pior, o que fazes quando essa pessoa não tem amor para te dar de volta? E não te compreende e não te vai apoiar nem deixar que lutes porque não quer ter amor para receber? O que é que tu fazes com o amor que sentes, então? De que te serve o peito vazio? O que fazes à vida por partilhar, à sala de estar escolhida no IKEA, ao coração partido nunca em dois, sempre em migalhas?




Enches colheres de sopa, e se tiveres sorte, chega para duas.

6 comentários:

  1. É mais um blog a seguir, no question about it. *

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  2. mais um blog a seguir, sim senhora:)

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  3. que susto enorme Joana Éme! a parte em que dizes que estás inteira também é verdade, não é?

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  4. Por muito pouco que depois possa parecer, colheres cheias de mel é mesma das poucas soluções que restam, caso se encontre que chegue para encher duas e entrelaçar as mãos.

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  5. Adorei a tua nova casa! =DD
    É acolhedora e luminosa, tal como tu.
    E, claro está, não fosses tu autora divina destes textos, adorei cada palavrinha tua.

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